Preparação de cobertura de solo na cultura da soja

      Uma das mais importantes culturas agrícolas do Brasil, a […]

sexta-feira | 13 agosto

     

Uma das mais importantes culturas agrícolas do Brasil, a soja se destaca em produção e área plantada. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, estimada para 2021, alcançou mais um recorde, devendo totalizar 264,9 milhões de toneladas, o que representa 4,2% (10,7 milhões de toneladas) acima da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas), conforme dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A cultura da soja vem se consolidando como a principal do agronegócio brasileiro. E, dentre os fatores que merecem destaque para esse resultado, está o desenvolvimento do bem-sucedido pacote tecnológico para a produção de soja, com destaque para as novas variedades adaptadas a condições geográficas e topografia altamente favorável à mecanização.

Esses resultados favorecem o uso de máquinas e equipamentos de grande porte, gerando economia de mão-de-obra e maior rendimento nas operações de manejo do solo, tratos culturais e colheita; conforme as condições físicas dos solos de cada região.

O sistema de cobertura de solo

Quando falamos de resultados de um bom plantio, a preparação de cobertura de solo é fator dos mais importantes. Esse processo melhora as características químicas, físicas e biológicas do solo e oferece proteção, por meio da simbiose, que fixa o nitrogênio do ar e promove a fertilização.

O solo possui reservas de água e nutrientes necessários para as plantas, que realizam a cobertura e fornecem matéria orgânica para a sua formação e conservação.

O princípio das plantas de cobertura, que também são conhecidas como adubo verde, é a melhoria do solo. Quando a cobertura vegetal não é feita, ocorre a perda de nutrientes das camadas mais profundas que, quando não aproveitados, podem poluir rios, lagos e córregos, causando graves prejuízos ao homem e ao meio ambiente. A presença das plantas de cobertura, tanto vivas quanto na forma de palha, é também capaz de evitar a temida erosão do solo.

Os benefícios da cobertura de solo

A prática da cobertura de solo vem sendo utilizada nas culturas do mundo inteiro. Para a preservação desse processo, alguns cuidados devem ser observados, como evitar que o solo seja revolvido, além do trânsito contínuo de máquinas e animais.

 O sistema de cobertura traz diversos benefícios ao solo, que começam pela preservação das suas características químicas, físicas e biológicas, além de promover a sua conservação. E tem muito mais:

O clima de cada região também deve ser considerado para a definição da melhor época de plantio, assim como as condições de solo, o que permite uma deposição das sementes e adubos, gerando um melhor desenvolvimento das plantas.

O comportamento e desenvolvimento de uma semente está diretamente relacionado ao meio em que se desenvolve e, portanto, é de se esperar que diferentes condicionamentos do solo, impostos pelos mais variados sistemas e métodos de seu preparo, tendam a modificar as condições de desenvolvimento das culturas.

A cobertura nos sistemas de cultivo é importante para a recuperação ou manutenção da qualidade estrutural do solo e pelo maior aporte de biomassa vegetal. Sua utilização é uma das principais alternativas para a recuperação física do solo, pois atuam na proteção dos agregados superficiais e incrementam matéria orgânica, o que promove a estabilização e reduz a suscetibilidade do solo à compactação (NICOLOSO et al., 2008).

O uso de plantas de cobertura do solo se faz oportuno em razão da necessidade de produção e aporte de biomassa vegetal.

Vale ressaltar a respeito da importância do manejo de solo <link conteúdo1>, da rotação de culturas e da adubação verde, uma das maneiras de atenuar a redução dos teores de matéria orgânica e o agravamento da degradação das características físicas do solo.

Características e efeitos da cobertura de solo

A cobertura contribui para a elevação da umidade do solo. E os microorganismos existentes aumentam sua microbiologia e favorecem a fertilidade, tornando o solo mais fecundo para o plantio.

As plantas utilizadas para cobertura são de fundamental importância e devem possuir facilidade de manejo, capacidade de produção de grande quantidade de matéria seca, alta taxa de crescimento, resistência à seca e ao frio e muitos outros.

A cobertura promove, ainda, melhorias na qualidade do solo, já que há um incremento na sua matéria orgânica.

Um pouco de história

O manejo e a cobertura de solo são conhecidos há séculos e visam à preservação dos seus atributos químicos, físicos e biológicos. Desde a Antiguidade, quando já se conheciam os benefícios trazidos por rotações que alternavam plantios diversos, já se exerciam essas práticas que, ao longo do tempo, foram sendo aperfeiçoados e adquirindo novos formatos e investimentos, até chegarem aos tecnológicos.

Essa prática se propagou a partir do fim da Idade Média, em que progressivamente foi-se substituindo o alqueive, que consiste em preparar a terra e deixá-la descansar, por cultivos de diferentes espécies de plantas.

No antigo Egito, por exemplo, cultivava-se o trevo a cada dois anos, alternando-o com trigo ou cevada, o que auxiliava na recuperação das propriedades químicas do solo e permitia a alimentação do gado que, por sua vez, enriquecia ainda mais o solo com a produção de esterco. Já era o início do hoje conhecido sistema iLPF, que promove a integração lavoura-pecuária-floresta, uma estratégia de produção que vem crescendo no Brasil nos últimos anos, por meio da utilização de diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais, dentro de uma mesma área.

A partir do século XVII, esse sistema de plantio chegou à Inglaterra e, então, até o século XIX, alcançou o resto da Europa, com o desenvolvimento de variados sistemas produtivos em rotação.

A cobertura do solo com resíduos culturais diminui a amplitude das variações térmicas, principalmente pela redução das temperaturas máximas. Este fato é muito importante porque alguns solos, quando descobertos, podem atingir temperaturas máximas acima das ideais para o desenvolvimento da soja.

Os resultados da cobertura

Os resultados em produtividade são explicados por fatores como a exploração mais intensa do solo; o aumento da quantidade de esterco que podia ser incorporado ao sistema pela criação de animais; a fixação biológica do nitrogênio e a redução da perda de nutrientes. Os benefícios obtidos pelo sistema de cobertura de solo vêm sendo amplamente discutidos e, consequentemente, as plantas de cobertura, provando, cada vez mais, suas qualidades.

Essas práticas, além de possibilitar um bom controle de plantas daninhas, podem diminuir a incidência de pragas e doenças, permite a reciclagem de nutrientes e uma grande quantidade de restos de cultivos após a colheita. Os restos de cultivos poderão permanecer em cobertura ou ser incorporados para aumentar o conteúdo de matéria orgânica. A matéria orgânica melhora a estabilidade dos agregados, a capacidade de retenção e a infiltração de água.

Para as regiões onde a soja é atingida por frequentes períodos de déficit hídrico, a cobertura de solo e manutenção dos resíduos pode ser uma alternativa para melhorar as condições térmicas e de armazenamento de água nos solos e, também, atuar como proteção quando ocorre excesso de chuvas, que são as grandes responsáveis pela erosão e degradação do solo.

“O Departamento de Produção da Sementes Goiás tem como requisito, cooperados com alto nível técnico, abertos às técnicas e tecnologias de produção de sementes, com áreas em regiões mais propícias à produção de sementes de alta qualidade, colhedoras axiais, além de manejo de solo nutricional e fitossanitário eficientes, enfatiza Guilherme Henrique da Costa Nunes , Gerente de Produção.   Observamos, também com rigor, o trabalho de cobertura, que melhora as condições químicas, físicas e biológicas do solo, proporcionando, dentre outros benefícios, uma maior fertilização.

Atualmente temos mais de 35 cooperados, produtores rurais que, em parceria com a Sementes Goiás, produzem nossas sementes em suas áreas, acompanhados por uma constante consultoria dos Engenheiros Agrônomos do Departamento, finaliza.

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